Medicina
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13/4/2023

Entenda o que é e quais os benefícios da medicina preditiva

A medicina preditiva é uma nova abordagem que ajuda a identificar doenças, melhorar tratamentos e aprimorar a qualidade do serviço aos pacientes.

Essa modalidade foca não apenas na identificação de enfermidades e diagnósticos completos, mas também em práticas que evitem quadros clínicos mais graves.

Dessa forma, os pacientes podem receber tratamentos mais assertivos e personalizados para seu caso, por meio de análises modernas e preventivas.

Por esse motivo, vale a pena conhecer mais sobre esse modelo de atendimento, e conferir quais os benefícios para hospitais e centros de atendimento.

Veja essas e outras informações no conteúdo que preparamos sobre medicina preditiva, e entenda porque implementá-la na sua instituição.

O que é a medicina preditiva?

A medicina preditiva é uma abordagem que utiliza técnicas avançadas de análise de dados e inteligência artificial para evitar o desenvolvimento de doenças e determinar o melhor tratamento para pacientes.

Por meio de conjuntos de informações médicas e genômicas, os profissionais podem identificar padrões e correlações que avaliam a presença ou o risco de enfermidades em indivíduos específicos.

Por exemplo, a medicina preditiva pode ser utilizada para analisar os genes de um paciente e determinar se ele tem um risco aumentado de desenvolver certas doenças, como câncer ou problemas cardiovasculares. 

Com essas informações, os médicos recomendam medidas preventivas ou tratamentos personalizados que reduzam o risco ou a progressão do quadro.

Além disso, também incentiva práticas e cuidados que melhorem o bem-estar do paciente, além da realização de exames periódicos, criando rotinas de avaliação que tornem possível prever e tratar as doenças antes de estágios avançados.

Essa abordagem ainda está em desenvolvimento e enfrenta alguns desafios, como a privacidade e a proteção de dados pessoais, bem como a necessidade de garantir que as previsões sejam precisas e confiáveis. 

No entanto, acredita-se que a medicina preditiva tenha o potencial de revolucionar a prática médica e melhorar os resultados de saúde da sociedade.

Por que a medicina preditiva é importante?

A medicina preditiva é importante porque permite aos médicos e pacientes tomar decisões mais assertivas sobre os tratamentos, enquanto reduz o desenvolvimento de doenças.

Essa abordagem ajuda a identificar enfermidades em estágios iniciais, quando os procedimentos conseguem ser mais eficazes.

Ainda, também permite prever o risco de certas condições em pacientes que ainda não apresentam sintomas.

Além disso, a medicina preditiva possibilita o desenvolvimento de tratamentos personalizados e mais eficazes. 

Em vez de uma técnica genérica para determinado quadro, os profissionais podem personalizar o método com base nas características individuais do paciente, incluindo seu genoma, histórico médico e estilo de vida. 

Isso leva a melhores resultados de saúde, uma vez que cada indivíduo é único e pode responder de forma diferente aos tratamentos convencionais.

Quais os níveis da medicina preditiva?

Para atender satisfatoriamente às demandas, a medicina preditiva é realizada em três níveis distintos. Confira as características de cada um:

Nível Primário

Este nível se concentra na prevenção de doenças antes mesmo que elas ocorram. Ele envolve a identificação de fatores de risco genéticos e ambientais que podem contribuir para o desenvolvimento de enfermidades. 

A medicina preditiva primária usa ferramentas como testes de DNA e monitoramento de saúde para identificar riscos potenciais e prevenir os quadros clínicos antes que os sintomas se desenvolvam.

Exemplos incluem testes genéticos para doenças como câncer de mama e aconselhamento genético para famílias com histórico de condições hereditárias.

Nível Secundário

Enquanto isso, o nível secundário se concentra na detecção precoce de doenças em pessoas que possuem um alto risco de desenvolvê-las. 

Ele envolve o uso de técnicas de triagem e diagnóstico para identificar os quadros em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz. 

Por exemplo, identificação de câncer de cólon em pessoas com histórico familiar de câncer de cólon e triagem de doenças cardíacas em pessoas com fatores de risco conhecidos, como pressão alta e colesterol alto.

Nível Terciário

Finalmente, este nível se concentra no tratamento personalizado e na gestão de doenças crônicas. 

Nesse caso, envolve a utilização de informações genéticas e outras informações de saúde para personalizar o tratamento e gerenciar a progressão do quadro em pacientes com enfermidades crônicas. 

Exemplos incluem a terapia-alvo para pacientes com câncer e o gerenciamento personalizado de doenças cardiovasculares em pacientes com histórico.

Quais os benefícios da medicina preditiva?

A medicina preditiva oferece diversos benefícios para as instituições de saúde e para os pacientes.

Vale a pena conhecer alguns dos pontos de maior destaque ao investir nesse tipo de abordagem no cotidiano. Veja mais detalhes sobre as vantagens desse modelo:

Prevenção de doenças

A medicina preditiva permite identificar pessoas com maior risco de desenvolver doenças antes mesmo de apresentarem sintomas.

Isso possibilita que os profissionais de saúde possam adotar medidas preventivas para evitar o aparecimento da enfermidade ou detectá-la em estágios iniciais.

Assim, aumenta as chances de sucesso do tratamento e diminuindo a morbidade e a mortalidade associadas a muitas ocorrências.

Para a comunidade, é uma forma de reduzir o índice de pandemias, além de desenvolver tratamentos mais efetivos para determinados quadros clínicos.

Redução de custos

Enquanto isso, a medicina preditiva também pode ajudar a reduzir os custos de saúde a longo prazo, evitando o surgimento de doenças graves e crônicas que requerem tratamentos caros. 

Além disso, a prevenção de enfermidades e a detecção precoce também podem reduzir os custos de tratamento e hospitalização, uma vez que muitos métodos de cura são mais eficazes em estágios iniciais.

Para a instituição de saúde, é uma forma de diminuir os custos imediatos com exames e abordagens urgentes quando o paciente procura atendimento em estágios mais avançados.

Ainda, administrar as práticas dessa modalidade também auxilia no controle de despesas com exames de rotina, uso de leitos e até mesmo gastos com exames, permitindo ao hospital administrar melhor os seus recursos.

Fidelização do paciente

Ao oferecer atendimento personalizado e focado na prevenção e detecção precoce de doenças, a medicina preditiva pode aumentar a fidelização dos pacientes. 

Isso porque indivíduos que recebem cuidados de saúde pensados para o seu perfil se sentem mais valorizados e engajados na rotina de acompanhamento e bem-estar.

Além disso, também aumenta sua satisfação e lealdade com os profissionais de saúde que os atendem.

Para instituições de saúde privada, essa abordagem permite trabalhar com iniciativas distintas, como realizar um acompanhamento mais próximo, marcar retornos estratégicos e monitorar os clientes com maior proximidade.

Assim, não apenas garante diagnósticos e tratamentos mais assertivos, como mantém o paciente fidelizado no serviço.

Atendimentos mais assertivos

Com a medicina preditiva, os profissionais de saúde podem oferecer atendimentos mais assertivos, evitando que os pacientes procurem somente em emergências.

Dessa forma, possibilita que os médicos e assistentes realizem diagnósticos mais aprofundados e personalizados. 

Afinal, não contará com a urgência de casos em estágios mais avançados, além de administrar os retornos e consultas em momentos de maior tranquilidade.

Isso pode aumentar a eficácia dos tratamentos e melhorar a qualidade geral do cuidado de saúde do indivíduo, com maior atenção e cuidados profissionais.

Quais os desafios da medicina preditiva?

Embora a medicina preditiva tenha muitos benefícios, também enfrenta alguns desafios na sua implementação, especialmente quanto ao acesso à tecnologia e privacidade de dados.

A implementação dos recursos necessários nessa abordagem ainda são limitados por questões financeiras para algumas instituições, reduzindo a disponibilidade de cuidados de saúde preventivos personalizados para certos grupos de pacientes.

Ainda, os testes utilizados convencionalmente podem ter uma leitura manual complexa, tornando fundamental a implementação de ferramentas como um sistema de inteligência artificial, como da NeuralMed, por exemplo.

Enquanto isso, também existem preocupações quanto ao uso de dados pessoais. Informações genéticas e outros arquivos e prontuários demandam uma avaliação sobre ética e privacidade, uma vez que são arquivos sensíveis.

Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), isso se tornou ainda mais desafiador para hospitais que desejam adotar a medicina preditiva.

Finalmente, vale mencionar que, por estar em desenvolvimento, muitos países ainda não possuem padrões de qualidade e excelência para as abordagens, sendo uma área que ainda está crescendo.

Como começar a implementar a medicina preditiva?

A implementação da medicina preditiva deve ocorrer gradativamente na sua instituição de saúde, a partir da adoção de ferramentas e práticas que criem uma cultura de cuidados prévios entre os pacientes.

Embora seja um processo complexo, é essencial divulgar métodos e hábitos que incentivem a busca por consultas periódicas, junto de atividades que aumentem o bem-estar do paciente.

Dessa forma, a comunidade também adotará essa postura, contribuindo para análises preventivas e auxiliando na redução do desenvolvimento de doenças.

Simultaneamente, o hospital deve ter a estrutura adequada para atingir seus objetivos, com equipes multidisciplinares treinadas e recursos inteligentes que auxiliem na análise de dados, diagnósticos e tratamentos mais assertivos.

Por isso, considere uma plataforma integrada ao implementar a medicina preditiva. Conheça as soluções da NeuralMed como por exemplo o Atlas, nossa linha de produtos baseada em NLP, que realiza o mapeamento de pacientes crônicos e de alto risco, que foi lançado no segundo semestre de 2022 e, em menos de um ano, já ultrapassou a marca de 5 milhões de vidas monitoradas.