Proteção de dados na saúde: Como estar de acordo com as normas da LGPD?
Com as novas diretrizes que regulam a segurança do usuário na internet, garantir a proteção de dados na saúde se tornou mais importante do que nunca.
Além de priorizar o sigilo de dados pessoais dos pacientes, seguir os protocolos de segurança digital também garantem que o seu centro de saúde não sofra penalidades dos órgãos fiscalizadores.
A era da tecnologia trouxe inúmeras possibilidades para a medicina, sobretudo com praticidades de atendimento e manipulação de dados.
No entanto, também aumentaram as chances de crimes cibernéticos, que colocam em risco as informações de usuários e profissionais.
Por isso, é fundamental garantir a proteção de dados na saúde, e existem algumas recomendações que podem ajudar. Confira mais detalhes a seguir.
O que é a proteção de dados na saúde
Como proteção de dados na saúde entende-se um conjunto de práticas e ações que asseguram as informações dos pacientes e profissionais, a fim de evitar utilizações criminosas desses registros.
A princípio, garante-se essa segurança a todos os usuários físicos e jurídicos da internet. Por esse motivo, inclusive, foi instaurada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regulamenta protocolos e penalidades para a manipulação de informações na rede.
Uma vez que a regulamentação é válida para todos os segmentos, ela também passou a estruturar o armazenamento e uso de dados na área médica.
Assim, surgem as práticas que visam a proteção de dados na saúde, como adoção de plataformas mais modernas e uso de ferramentas inteligentes.
O objetivo dessas garantias é assegurar que as informações dos pacientes não sejam acessadas por pessoas não-autorizadas e não gerem discriminações, constrangimentos ou danos morais.
Como funciona a proteção de dados na saúde?
As ações que visam assegurar as informações dos usuários mudam de acordo com cada estabelecimento, de modo que a proteção de dados na saúde funciona de maneira distinta.
Isso porque, no cotidiano hospitalar, a troca de informações é constante e não somente entre médicos, mas entre diferentes profissionais.
Por exemplo, as consultas encaminham dados dos pacientes para laboratórios, clínicas e outros centros de atendimento especializado. No entanto, as ferramentas de troca de dados podem não ser as mais indicadas.
Nesse caso, a proteção de dados na saúde funciona a partir do uso de recursos e plataformas indicados para as atividades hospitalares, principalmente o envio e recebimento de informações.
Ainda, é comum que as práticas adotadas sejam mais sutis para os pacientes, como uso de senhas mais fortes, autorização interna e sistemas integrados, com adaptações que não interferem no atendimento direto.
Qual o cenário da proteção de dados na saúde nos dias de hoje?
Atualmente, as instituições e clínicas ainda se adaptam para atender a proteção de dados na saúde adequadamente.
Grande parte das mudanças ocorrem na área tecnológica, com a instalação de plataformas e sistemas integrados, além de ações mais práticas, como:
- uso de senhas e reconhecimento dos funcionários que acessam os dados;
- identificação pessoal única;
- uso de servidores externos;
- sistemas conectados, como prontuários e monitores de atualização de pacientes.
No entanto, o cenário da proteção de dados na saúde nos dias de hoje ainda é simples, e possui capacidade de desenvolvimento no futuro.
Diversas práticas estão sendo testadas, especialmente inteligências artificiais. Soluções pioneiras no Brasil, como a harpIA, possibilitam a manipulação de dados por profissionais sem sequer saber quem são os pacientes.
Dessa forma, já é possível operar com máxima discrição e segurança, com soluções acessíveis para as empresas.
Mas, de modo geral, o cenário ainda está se aprimorando, e as expectativas para o futuro podem ser positivas, especialmente com a implantação efetiva da LGPD na medicina.
Como a proteção de dados na saúde e a telemedicina se complementam?
A telemedicina se mostra uma grande aliada para promover a proteção de dados na saúde, e ambos os recursos podem se complementar.
Isso porque parte das falhas na comunicação e acesso de dados sigilosos de pacientes provém do compartilhamento em plataformas não adequadas para essas operações.
Assim, as clínicas e hospitais devem buscar ferramentas eficientes que tornem o acesso das informações mais seguro, mas sem abrir mão da praticidade.
Nesse caso, as soluções da telemedicina podem ajudar, uma vez que o segmento se baseia no uso de tecnologias avançadas e mais seguras.
Com a telemedicina, os centros de saúde poderão ter acesso a recursos de compartilhamento criptografado e ágil, o que é fundamental para a proteção de dados na saúde.
Além disso, a telemedicina é responsável pelo desenvolvimento de inúmeras ferramentas que podem ajudar na manipulação de dados médicos, o que não seria possível sem essas plataformas digitais.
7 Dicas de proteção de dados na saúde
Por fim, depois de entender a importância da proteção de dados na saúde, chegou o momento de entender como melhorar a segurança das informações dos seus pacientes.
Cada clínica e hospital possuem necessidades distintas e vale a pena considerar diferentes práticas para otimizar a segurança de cada sistema de forma distinta.
No entanto, existem algumas dicas que podem ajudar nesse processo. Veja mais detalhes sobre 7 das principais recomendações para ter um banco de dados mais protegido.
1. Tenha uma plataforma em nuvem segura
Antes de mais nada, é fundamental que a clínica procure adotar uma plataforma em nuvem que seja devidamente segura.
Utilizar um servidor externo é uma prática que pode auxiliar no acesso seguro das informações, uma vez que os colaboradores passam a usar somente um canal oficial de compartilhamento.
Além disso, plataformas em nuvem costumam apresentar criptografias mais avançadas, o que reduz as aberturas para crimes e acessos não autorizados.
2. Proteja os dados da sua clínica e hospital em lugares seguros
Manter os dados de pacientes e da sua clínica em um único lugar pode comprometer a segurança das informações.
Isso porque aumenta-se as chances de invasões de hackers e criminosos cibernéticos que conhecem o sistema e as rotinas do centro médico.
Por outro lado, proteger os dados em mais de um lugar comprovadamente seguro reduz as chances de roubos e vazamentos.
Assim, vale a pena considerar um servidor interno e externo ao mesmo tempo, desde que ambos sejam protegidos.
3. Tenha uma plataforma integrativa
Além disso, uma plataforma integrativa otimiza o fluxo de trabalho dos profissionais, que podem compartilhar os dados com mais facilidade e segurança.
Centralizar o acesso das informações de maneira segura é fundamental para implementar a proteção de dados na saúde, especialmente clínicas e hospitais que lidam com grandes volumes de registros.
Dessa forma, o fluxo de dados acontece de maneira mais fluida, sem interrupções ou obstáculos, que podem reduzir as barreiras de segurança.
4. Utilize a inteligência artificial a favor do seu negócio
Como mencionamos, a inteligência artificial já é um recurso em desenvolvimento para a proteção de dados na saúde e é interessante considerar essa ferramenta a favor da sua clínica.
Dispositivos inteligentes podem identificar diversos diagnósticos com mais rapidez, desde condições básicas, até doenças crônicas.
E todos esses processos podem acontecer com maior privacidade e sigilo, a partir de plataformas que compartilham dados entre os profissionais sem prejudicar o paciente.
5. Garanta a segurança de informações em diferentes canais
A proteção de dados na saúde deve ocorrer em sincronia com todos os canais utilizados pelos profissionais.
Por exemplo, em prontuários eletrônicos, laudos digitais e também nos sistemas de atualização utilizados por médicos e auxiliares.
Além disso, os dados estão em constante transporte, passando por diferentes redes e sistemas até seu destino.
Nesse caso, as soluções de segurança devem cobrir satisfatoriamente todos os intermediários de comunicação, para que nenhuma etapa de envio dos dados seja exposta ou fique vulnerável.
6. Confira se a empresa está seguindo todos os protocolos da LGPD
Atualmente, a LGPD se tornou a maior reguladora de ações para a proteção de dados na saúde e em todos os segmentos da internet. Por isso, é importante conferir se a sua clínica está seguindo corretamente os protocolos da lei.
Além do regulamento ter sido elaborado para potencializar a segurança dos dados dos usuários, ele também pode aplicar penalidades em empresas que não cumpram com as normas.
Dessa forma, os benefícios de seguir a LGPD são estendidos para a clínica e para os pacientes, sendo fundamental se atentar para as diretrizes.
7. Busque sempre saber se existem brechas no ecossistema digital
Por fim, para ter uma cobertura ampla de proteção de dados, é importante procurar por brechas no ecossistema digital utilizado pela sua clínica.
Isso significa realizar verificações periódicas em todos os sistemas que estão integrados e compõem seu conjunto de dispositivos eletrônicos.
Mesmo que exista uma única brecha em um dos dispositivos, já pode ser o suficiente para comprometer todo o processo de compartilhamento de dados.
Por esse motivo, é importante buscar possíveis falhas e consertá-las o quanto antes, possibilitando um fluxo de etapas mais seguras.
A proteção de dados na saúde deve ser feita de maneira contínua?
Após implementar algumas práticas que colaboram para a proteção de dados na saúde, a clínica deve continuar realizando a manutenção dessas ações diariamente.
Os cuidados com informações sigilosas de pacientes e profissionais deve ser uma das principais preocupações da empresa. Por isso, as verificações devem ser periódicas.
Dessa forma, diminui-se as chances de ataques cibernéticos que comprometam a clínica, conferindo cotidianamente possíveis brechas.
Além disso, continuar com a proteção de dados na saúde de maneira contínua é importante para conhecer e implementar as novas tecnologias que surgem todos os dias.
Assim, sua clínica não ficará ultrapassada no quesito segurança digital, aproveitando os sistemas mais modernos para oferecer serviços de qualidade e garantidos.