Você sabe como funciona a interoperabilidade na saúde pública?
A interoperabilidade na saúde pública é fundamental para aprimorar os serviços de atendimento, mas ainda existem desafios a serem superados nessa questão.
Embora existam sistemas avançados em implementação, inclusive com apoio dos órgãos governamentais, muitas pessoas desconhecem essa prática.
Nesse caso, é essencial entender a importância de uma comunicação eficiente entre sistemas e hospitais, e de que maneira isso influencia na qualidade do segmento médico nacional.
Conheça mais sobre a interoperabilidade na saúde pública, quais os benefícios que acompanham essa tecnologia e os obstáculos atuais na sua adoção.
O que é a interoperabilidade na saúde?
A interoperabilidade na saúde se refere à capacidade de diferentes sistemas e dispositivos de informação se comunicarem e trocarem informações de forma eficaz e segura.
Isso inclui diferentes tipos de recursos de saúde, como registros eletrônicos, dispositivos médicos, aplicativos móveis e sistemas de monitoramento de pacientes.
Na prática, eles devem conseguir compartilhar arquivos e dados relevantes sobre o paciente com consistência e garantia.
Existem diversos níveis de interoperabilidade na saúde, desde envios entre unidades de uma mesma rede, até o acesso externo de profissionais habilitados em localidades distintas.
O objetivo é tornar o cenário mais conectado, acessível e eficiente, para otimizar consultas e diagnósticos, além de reduzir custos para as instituições.
Ainda, é uma necessidade que se estende com o avanço da tecnologia médica, uma vez que os programas digitais já fazem parte da rotina em diversos atendimentos.
Isso se torna especialmente importante ao abordar a interoperabilidade na saúde pública, considerando os serviços de atendimento gratuito para todo o País, algo que depende de uma comunicação concreta e ágil.
Qual a importância da interoperabilidade na saúde pública?
A interoperabilidade é importante na saúde, pois ajuda a melhorar a gestão prática e os serviços disponíveis ao paciente, principalmente na rede pública.
Com ferramentas de comunicação ao nível nacional, ou mesmo globa, por exemplo, existe um aprimoramento na coordenação dos cuidados com a comunidade.
O acesso a informações pertinentes auxilia em diagnósticos, enquanto os médicos e assistentes podem otimizar suas propostas de atendimento.
Simultaneamente, é uma forma de reduzir erros médicos por conta de arquivos e dados dispersos, especialmente com a interoperabilidade na saúde pública, que demanda comunicação instantânea e eficiente em uma rede nacional.
Com uma implementação bem-sucedida, é possível melhorar a segurança do paciente e a eficiência do cuidado.
Também facilita a pesquisa médica e ajuda os envolvidos a tomarem decisões informadas sobre cada caso.
Além disso, a interoperabilidade é uma parte importante da transição para um modelo de cuidados de saúde baseado em valor, que enfatiza a prestação de cuidados de alta qualidade e eficientes para os pacientes, em vez de simplesmente fornecer serviços médicos.
Como funciona a interoperabilidade na saúde pública?
O sistema de interoperabilidade na saúde pública funciona, principalmente, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), cuja responsabilidade é disponibilizar os sistemas e suporte de comunicação.
Esse órgão federal desenvolve e implementa as plataformas de informações para o planejamento, operação e controle dos atendimentos, bem como seguimento com diagnósticos e tratamentos.
Dessa forma, pode adaptar os sistemas às necessidades dos gestores e incorporar novas tecnologias.
As normas e padrões de implementação da interoperabilidade na saúde pública são reguladas pela portaria 2.073/2011 do Ministério da Saúde.
Esse documento determina as formas de adoção e monitoramento de todos os sistemas de informação no âmbito do SUS, nos níveis Federal, Estadual, Municipal e Distrital.
Plataformas para sistemas privados e suplementares também seguem essa portaria.
O funcionamento da comunicação da rede funciona, especificamente, pelo artigo 4º da legislação de saúde, que especifica os padrões incluídos no Catálogo de Padrões de Interoperabilidade de Informações de Sistemas de Saúde (CPIISS). Alguns exemplos incluem:
- OpenEHR: define o Registro Eletrônico em Saúde (RES);
- HL7 (Health Level 7): estabelece a interoperabilidade entre sistemas, integrando os resultados e solicitações de exames;
- SNOMED-CT: codifica os termos clínicos e mapeamento das terminologias para promover uma interoperabilidade semântica;
- TISS: permite a conexão entre os sistemas de saúde suplementar;
- IHE-PIX: realiza o cruzamento de identificadores de pacientes de diferentes sistemas de informação.
Esses protocolos são fundamentais para padronizar os dados, exames e laudos, de modo que diferentes plataformas possam reconhecê-los e repassá-los.
Dessa forma, diversas fontes de atendimento e instituições podem compartilhar informações com mais eficiência.
Quais os benefícios da interoperabilidade na saúde pública?
A interoperabilidade na saúde pública traz vários benefícios para a rede e também para os envolvidos.
Vale a pena conhecer mais sobre os pontos positivos desse sistema e da sua implementação. Confira mais detalhes abaixo:
Melhora no atendimento
A interoperabilidade permite que os profissionais de saúde acessem e compartilhem informações do paciente com outros profissionais de saúde em tempo real, permitindo uma melhor coordenação do atendimento.
Isso pode resultar em melhores decisões clínicas e um tratamento mais eficaz e personalizado.
Ainda, a saúde pública é conhecida por exceder a capacidade nas diferentes unidades, e plataformas tecnológicas que contribuam com a comunicação podem auxiliar nessa lotação.
Otimização de informações
Enquanto isso, com a interoperabilidade na saúde pública, as informações do paciente podem ser facilmente compartilhadas entre diferentes sistemas e provedores de cuidados.
Isso pode melhorar a eficiência do atendimento, além de agilizar as etapas de consulta e diagnóstico.
Assim, permite que os profissionais de saúde evitem a duplicação de informações, reduzindo a possibilidade de erros e melhorando a qualidade do serviço.
Simultaneamente, permite concentrar somente arquivos relevantes para consulta, tornando os processos mais ágeis.
Segurança de dados
Os sistemas desenvolvidos pelo DATASUS podem ajudar a garantir a segurança dos dados do paciente.
Isso porque utiliza programas alinhados, com a mesma criptografia de acesso e tecnologias inovadoras para permitir somente o acesso autorizado.
Dessa forma, as informações são compartilhadas de forma garantida, com controle entre os profissionais e plataformas autorizadas.
Além disso, a interoperabilidade na saúde pública diminui a necessidade de envio de exames e laudos por canais externos.
Redução de tempo
Ainda, a interoperabilidade também pode reduzir o tempo gasto pelos profissionais em tarefas administrativas e de documentação.
Uma vez que as plataformas utilizam das tecnologias médicas para digitalizar processos e auxiliar na comunicação virtual, é possível que especialistas e utilizadores gastem menos recursos para realizar suas consultas.
E com um programa especializado, existe a possibilidade de concentrar mais atenção nos cuidados ao paciente, com agilizando na resposta digital.
Custos menores
Vale mencionar que a interoperabilidade na saúde pública é fundamental para reduzir os custos da rede nacional.
Isso ocorre porque as plataformas e ações se concentram em um único sistema, sem a necessidade de investimentos paralelos.
Consultas, exames, laudos e avaliações podem ser efetuados em um mesmo servidor, que centraliza os dados para os profissionais e organiza os arquivos.
Dessa forma, diminui os custos em diferentes processos, com uma coordenação de atendimento aprimorada e menor possibilidade de duplicação de exames com procedimentos desnecessários.
Decisões estratégicas no posto de saúde
Finalmente, é importante mencionar que, entre os benefícios da interoperabilidade na saúde pública, é possível tomar decisões estratégicas nas unidades populares.
Os gerentes de saúde conseguem usar as informações para administrar os postos de atendimento com mais solidez e confiança.
Ainda, podem realocar recursos conforme a necessidade, desenvolvendo políticas que se alinhem às demandas de cada localidade.
Isso pode ajudar a melhorar a eficácia e eficiência do sistema de saúde na totalidade.
Quais os principais desafios da interoperabilidade na saúde pública?
Mesmo com benefícios, a realidade da interoperabilidade na saúde pública enfrenta diversos desafios relacionados à sua implementação e tecnologia.
Um dos principais obstáculos atualmente é a estruturação e padronização. Para existir uma adoção efetiva no SUS, é necessária uma metodologia previamente preparada em larga escala para receber as soluções.
Entretanto, a maioria dos processos nos hospitais e UBSs ainda são manuais e registrados em papel, dificultando os padrões desenvolvidos pelos governos e desenvolvedores dos sistemas utilizados pela rede.
Na prática, isso impede a indexação de pacientes e o compartilhamento de informações.
Além disso, existe uma falta de incentivo ao compartilhamento de informações entre instituições públicas no Brasil.
Mesmo clínicas privadas ainda estão caminhando na implementação dessas plataformas, criando dificuldades também para os bancos coletivos.
Finalmente, vale mencionar que a interoperabilidade na saúde pública também enfrenta desafios quanto à tecnologia.
É preciso desenvolver práticas que acompanhem o avanço da medicina e atendam a amplas demandas de dados e atendimentos, como ocorre com o SUS.
Assim, é necessário unir divulgação e tecnologia para aprimorar essa prática e estabelecer uma comunicação qualificada no cenário brasileiro.
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